Um pensamento que me ocorreu essa tarde, enquanto caminhava até um compromisso, é que só podemos sentir saudade na ausência... na solidão. Ela é a constatação da falta. E ainda que remeta a isso, ela não anda sozinha, tem por parceira a paciência.
Que ousada! Chega até nós na solitude... e com companhia!


Assim, saudade é um SENTIMENTO intraduzível, que perdura na paciência, no que se espera ver outra vez, mesmo que de outra forma, amadurecido, envelhecido, amarelado, rasgado, renovado (por que não?)... em outro tempo, talvez em outro espaço. É quando a solidão não precisa se disfarçar, ela se vai... pois não tem mais serventia. Nesse momento, a sábia paciência nos diz que valeu a pena suportar, aguentar, persistir. Logo, calmamente, pega no braço de saudade e a chama... assim se vão, talvez para voltar outra vez.
Dedico esse texto a todos que esperam um reencontro....
Boa Noite!